Os ambientes têm o poder de influenciar emoções e comportamentos, em projetos residenciais é fundamental criar espaços que promovam o bem-estar e experiências positivas para todos os moradores, inclusive para o Bolota, o doguinho da arquiteta Júlia Guadix, que aproveita muito bem a sala de estar dos seus avós. Projeto: Studio Guadix | Foto: Guilherme Pucc

Transforme seu lar em um refúgio confortável e estiloso através da arquitetura acolhedora

Em um mundo cada vez mais digital e distante, a arquitetura acolhedora se destaca como um lembrete de que, acima de tudo, precisamos de espaços que nos façam sentir que nossa casa é um lar.  

A arquiteta Júlia Guadix, à frente do Studio Guadix, explora os princípios, as características e os impactos da arquitetura acolhedora na vida cotidiana. 

Prepare-se para aprender como elementos como madeiras, tecidos e texturas podem tornar sua casa um lugar de tranquilidade e bem-estar. Pronto para transformar seu lar?

Como deixar os ambientes de casa ainda mais aconchegantes

A arquiteta Júlia Guadix destaca a importância da arquitetura acolhedora como um meio de refletir o estilo dos moradores e tornar a casa o melhor lugar do mundo. 

Afinal, ao entrarmos em um ambiente, somos frequentemente tomados por diferentes sensações. Alguns lugares transmitem alegria e memórias agradáveis, enquanto outros nos causam intimidação ou desânimo e isso ocorre porque esses locais afetam diretamente nosso comportamento e emoções. 

Os ambientes têm o poder de influenciar emoções e comportamentos, em projetos residenciais é fundamental criar espaços que promovam o bem-estar e experiências positivas para todos os moradores, inclusive para o Bolota, o doguinho da arquiteta Júlia Guadix, que aproveita muito bem a sala de estar dos seus avós. Projeto: Studio Guadix | Foto de destaque: Guilherme Pucci

Portanto, ao projetar um espaço, é essencial considerar esses fatores e alinhá-los aos objetivos de quem o ocupará. Em projetos residenciais, o foco é promover a conveniência dos moradores, entregando uma experiência positiva para todos.

Segundo a arquiteta Júlia Guadix, à frente do Studio Guadix, uma arquitetura acolhedora envolve compreender cada tipo de público e espaço. O caminho é buscar os elementos que adicionam leveza, receptividade e aconchego. 

“No processo do projeto, a primeira etapa é me aprofundar na história do meu cliente. Sempre falo que as pessoas são únicas, então suas casas também devem ser únicas. Gosto de me aprofundar na dinâmica da sua família, nas rotinas e preferências de cada um. Preciso entender o que é essencial, o que é inegociável. E assim, ao longo do projeto, consigo traduzir na casa o significado de acolhimento para cada cliente”, explica.

Materiais e cores indicados

Quanto à paleta de cores, tons quentes tendem a proporcionar mais amparo, no entanto é possível alcançar um ambiente com uma linguagem semelhante por meio de tons menos saturados e com um fundo quente. Ao invés de vermelho vibrante, de acordo com a arquiteta, um tom terracota alcança um resultado muito mais acolhedor e menos estimulante.

Para elaborar esses espaços agradáveis, a profissional recomenda a escolha de materiais que transmitam a sensação de calor – não aquele indicado no gradiente de um termômetro, mas sim sob a ótica emocional.

Paletas de cores quentes, neutras e menos saturadas, como a terracota ou cinza com fundo quente, resultam em espaços convidativos, a arquiteta é adepta do elegante canto alemão, para potencializar no aconchego do ambiente. 

Por exemplo, um porcelanato com padrão de madeira, assim como o tijolinho, caem muito bem em diversos locais da casa. “Gosto de limitar os azulejos ao interior do box e atrás da bancada da cozinha e, em muitos casos apenas até a altura necessária, evitando um excesso que pode tornar o ambiente mais frio”, aconselha. 

Materiais naturais como madeira e palha também se somam neste propósito, assim como texturas presentes nos tecidos de cortinas, cabeceiras estofadas, sofás confortáveis e mantas, entre outras possibilidades.

Boa iluminação é fundamental

Para Júlia, valorizar tanto a iluminação natural quanto a artificial é essencial. No que diz respeito às fontes de luz, a arquiteta indica sempre o branco quente, entre 2700K e 3000K, mesmo para ambientes como cozinha, lavanderia, banheiro ou escritório, e lembrar que a tonalidade e a intensidade da iluminação são características diferentes; é possível iluminar bem com luzes branco quente. 

Ainda de acordo com ela, luzes indiretas, rebatidas no teto ou nas paredes e lâmpadas com cúpulas com filtros deixam tudo muito mais hospitaleiro.

Em salas de estar, a arquiteta Júlia Guadix explica que geralmente valoriza a iluminação natural e artificial, escolhendo luzes de tonalidade quente que acalentam os moradores. 

A acústica também é importante

A ausência de conforto acústico é uma questão que provoca bastante incômodo. Conforme explica a arquiteta, ambientes vazios ou com muitas superfícies lisas e polidas provocam ecos que podem ser resolvidos por meio da adição de tapetes, cortinas, mobiliário e o revestimento de paredes. Já para conter os sons externos, é possível que sejam necessárias intervenções estruturais como a substituição de janelas comuns por modelos com melhor isolamento acústico.

Na sala de estar, a arquiteta Júlia Guadix adicionou tijolinhos, cortinas e materiais texturizados para melhorar a acústica interna do espaço. 

Se o problema for o barulho derivado dos vizinhos, ela indica soluções mais drásticas como o método “box-in-box” que consiste em criar uma camada de isolamento no forro, piso e paredes. “É como se estivéssemos construindo uma caixa dentro do apartamento”, exemplifica. 

“Porém, em apartamentos compactos, essa estrutura acaba por comprometer a área útil, dado que perdemos de 7 a 15 cm em cada contra-parede, forro ou contrapiso acústico”, adverte a arquiteta.

Décor convidativo

Conforme indica a arquiteta, a etapa do décor percorre uma linha tênue entre o minimalismo e maximalismo exacerbado, sempre com foco na concepção de ambientes que reflitam quem vive ali, mas sem sobrecarregar os sentidos.

Em um projeto de um apto com apenas 49m², Júlia elegeu um sofá com cantos arredondados e detalhes sutis que deixaram a sala de estar muito mais graciosa. 

O mobiliário também desempenha um papel importante e a sugestão é optar por peças com ausência de quinas e estofados, bem como a presença sempre bem-vinda de almofadas e mantas. “Puxadores diferenciados e molduras nas portas da marcenaria também acrescentam essa delicadeza que buscamos”, analisa.

Dicas extras para um ambiente acolhedor

No capítulo sobre objetos de decoração, a arquiteta aponta a predileção por aqueles que trazem alegria e significado afetivo como peças de família, lembranças de viagens ou fotos que registram momentos especiais. 

Apaixonada por plantas, ela afirma não abrir mão de tê-las dentro de casa, assim como matérias-primas como a madeira, palha e linho.

Na varanda do apartamento, materiais naturais e as espécies de plantas entregam uma ambientação perfeita para todas as horas do dia.

Questione as tendências

Por fim, Júlia ressalta que ninguém é obrigado a seguir as tendências se não fizerem sentido para quem vai viver ali. 

“Temos visto muitas poltronas e sofás mais arredondados, robustos e com texturas agradáveis como buclê ou veludo que são especialmente acolhedores, ainda mais no clima frio. Tons de terracota e elementos com estética dos anos 1970 também estão em alta e trazem um charme especial. Essas são características que trazem aconchego. Então, se te brilhar os olhos, aproveite que temos bastante opção de móveis e decorações para trazer acolhimento para à sua casa”, finaliza.

Sobre o Studio Guadix

Fundado em março de 2016 pela arquiteta Júlia Guadix, o escritório, que antes se chamava Liv’n Arquitetura, nasceu com o intuito de construir, junto aos clientes, projetos originais e personalizados, capazes de promover mudanças tanto no imóvel como no estilo de vida dos moradores.

A troca de nome para Studio Guadix, planejada por Júlia e seu irmão Victor, que também integra a equipe, aconteceu em 2021.

Mas o propósito da arquiteta segue o mesmo desde o princípio: entregar trabalhos que passem a ideia de conforto e modernidade por meio de um estilo simples, acolhedor e atemporal. Até agora, são mais de 30 reformas concluídas.

Conheça a Menin

Ao projetar ambientes acolhedores que refletem o estilo de vida dos moradores, como destacado pela arquiteta Júlia Guadix, o foco está no conforto, funcionalidade e conexão emocional com o espaço. 

Nos empreendimentos da Menin, esses princípios são aplicados para criar lares que vão além da estética, oferecendo refúgios que promovem bem-estar e aconchego em meio ao mundo moderno. 

Para mais inspirações sobre como transformar sua casa em um verdadeiro refúgio, visite o blog da Menin Empreendimentos e confira dicas de design e arquitetura.

Venha conhecer os empreendimentos da Menin e encanta-se. 

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